Passei
quase 60 dias recluso na minha indignação contudo que li e ouvi nos meios de
comunicação e olha que não estou falando das páginas policiais e programas
televisivos da mesma monta.só aparecem noticias como:
Petrobrás- reavalia seus números
visto que tudo que era dito nos últimos 10 anos não representava a verdade
sobre as condições esconderam situações contábeis e fizeram o povo acreditar
numa autonomia petrolífera um verdadeiro "milagre brasileiro"
até que uma mulher de carreira na própria empresa assume no lugar de um
"dependurado" no cabide politico apadrinhado do PMDB e revela a
verdade sobre a maior empresa do Brasil o orgulho de todos nós, usada
para vanglória política,
STF
/ Mensalão- em meio a tentativas de desmoralização
desta instituição e envolvimento do mesmo na politicagem, hora da verdade sobre
os mensaleiros que já vitimaram pessoas de bem como Celso Daniel e sua família
e é claro a moral do povo brasileiro que carrega esta nódoa de
"corrupto" ou pelo menos incapazes de vencer os
"donos do poder" que não produzem leis justas ou quando fazem
pela pressão popular ( Ficha Limpa) dão um jeitinho de amenizar e fazer um
processo de exceção e proteção aos mesmos com contas não aprovadas etc.
etc.
Eike Batista - O mais rico do Brasil que ao comprar num leilão o terno do então
presidente fez a festa soar como beneficente logo o BNDS libera uma fábula e
ele afirma de frente com a Gabi ( grande entrevistadora da TV brasileira) que o
dinheiro do BNDS era barato e o dele tem mais valor junto com as
inverdades do Petróleo Brasileiro que ele apressou-se em criar uma
empresa para administrar vendas e investimentos da área
Cachoeira - O que dizer de CPI que deflaga uma
disputa insana entre demagogos que defedem seus fieis aliados sem nenhum
proposito de representar o bem publico e/ou a vontade do povo brasileiro e o
dinheiro publico para saúde educação etc. etc. se vão jogado no ralo da
impunidade.
CBF - o futebol a alegria do brasileiro Salário
milionário a título de assessoria especial a quem fora declarado vilão do
futebol brasileiro Ricardo Teixeira equipou a maquina com seus asseclas e
mantem suas mordomias na Europa, que vergonha enquanto isto milhares de
brasileiros recebem esmolas como programas sociais "bolsas".
A minha indignação vem pelo fato que ler jornal não
é possível nem prática da maioria dos brasileiros, é caro e só nestes meios de
comunicação fica o registro das mazelas dos que deveriam representar o povo e
defender sua honra, seus direitos sociais. estou publicando alguns
títulos que merecem nossa atenção especial.gostaria de publicar todos que
retratam de forma séria as questões de base do nosso querido Brasil
ficamos olhando para EUA,Iraque, Líbia,Egito, Israel etc. etc. e nós?
aqui eles: Mantega, Dilma, Mercadante, Alkmim,Serra,Sergio Cabral,
Perilo, Jaques Wagner e tantos outros discursam todos falam que a
Educação é a base de tudo ( até votaram 10% do PIB que só será aplicados sabe
Deus quando)só que eles não deixam o Professor ensinar, nem mesmo dão condições
para tanto, os teóricos da educação é que são ouvidos e dão suas opiniões
totalmente desfocada da realidade da sala de aula,onde professores em escolas
que só tem casca de escola sem a minima condição de inserir os estudantes no
mundo real exigente de uma formação adequada a realidade do mercado. Lá fora os
investidores declaram que o Brasil não está fazendo a lição de casa nem na
infra estrutura muito menos em propiciar ao povo uma educação de qualidade.
Porto Alegre (RS), 16 de
julho de 2011
Caro Juremir (CORREIO DO
POVO/POA/RS)
Meu nome é Maurício Girardi. Sou Físico. Pela manhã
sou vice-diretor no Colégio Estadual Piratini, em Porto Alegre , onde à noite
leciono a disciplina de Física para os três anos do Ensino Médio.
Pois bem, olha só o que me aconteceu: estou eu dando aula para uma
turma de segundo ano. Era 21/06/11 e, talvez, “pela entrada do inverno”,
resolveu também ir á aula uma daquelas “alunas-turista” que aparecem vez por
outra para “fazer uma social”. Para rever os conhecidos. Por três
vezes tive que pedir licença para a mocinha para poder explicar o conteúdo que
abordávamos.
Parece que estão fazendo um favor em nos permitir
um espaço de fala. Eis que após insistentes pedidos, estando eu no meio de uma
explicação que necessitava de bastante atenção de todos, toca o celular da
aluna, interrompendo todo um processo de desenvolvimento de uma idéia e
prejudicando o andamento da aula. Mudei o tom do pedido e aconselhei aquela
menina que, se objetivo dela não era o de estudar, então que procurasse outro
local, que fizesse um curso à distância ou coisa do gênero, pois ali naquela
sala estavam pessoas que queriam aprender' e que o Colégio é um local aonde se
vai para estudar. Então, a “estudante” quis argumentar, quando falei que não discutiria
mais com ela.
Neste momento tocou o sinal e fui para a troca de
turma. A menina resolveu ir embora e desceu as escadas chorando por ter sido
repreendida na frente de colegas. De casa, sua mãe ligou para a Escola e falou
com o vice-diretor da noite, relatando que tinha conhecidos influentes em Porto
Alegre e que aquilo não iria ficar assim. Em nenhum momento procurou escutar a
minha versão nem mesmo para dizer, se fosse o caso, que minha postura teria
sido errada. Tampouco procurou a diretoria da Escola.
Qual passo dado pela mãe? Polícia Civil!...
Isso mesmo!... tive que comparecer no dia 13/07/11, na 8.ª (oitava
Delegacia de Polícia de Porto Alegre) para prestar esclarecimentos por ter
constrangido (“?”) uma adolescente (17 anos), que muito pouco frequenta as
aulas e quando o faz é para importunar, atrapalhar seus colegas e professores'.
A que ponto que chegamos? Isso é um desabafo!... Tenho 39 anos e resolvi ser
professor porque sempre gostei de ensinar, de ver alguém se apropriar do
conhecimento e crescer. Mas te confesso, está cada vez mais difícil.
Sinceramente, acho que é mais um professor que o
Estado perde. Tenho outras opções no mercado. Em situações como essa,
enxergamos a nossa fragilidade frente ao sistema. Como leitor da tua coluna, e
sabendo que abordas com frequência temas relacionados à educação, ''te peço,
encarecidamente, que dediques umas linhas a respeito da violência que é
perpetrada contra os professores neste país''.
Fica cristalina a visão de que, neste país:
Ø NÃO PRECISAMOS DE
PROFESSORES
Ø NÃO PRECISAMOS DE
EDUCAÇÃO
Ø AFINAL, PARA QUE
SER UM PAÍS DE 1° MUNDO SE ESTÁ BOM ASSIM
Alguns exemplos atuais:
·
Ronaldinho Gaúcho: R$ 1.400.000,00 por mês. Homenageado pela
“Academia Brasileira de Letras"...
·
Tiririca: R$ 36.000,00 por mês. Membro da
“Comissão de Educação e Cultura do Congresso"...
TRADUZINDO: SÓ O SALÁRIO
DO PALHAÇO, PAGA 30 PROFESSORES. PARA AQUELES QUE ACHAM QUE EDUCAÇÃO NÃO É
IMPORTANTE: CONTRATE O TIRIRICA PARA DAR AULAS PARA SEU FILHO.
Um funcionário da
empresa Sadia (nada contra) ganha hoje o mesmo salário de um “ACT” ou um
professor iniciante, levando em consideração que, para trabalhar na empresa
você precisa ter só o fundamental, ou seja, de que adianta estudar, fazer pós e
mestrado? Piso Nacional dos professores: R$ 1.187,00… Moral
da história: Os professores ganham pouco, porque “só servem para nos ensinar
coisas inúteis” como: ler, escrever, pensar,formar cidadãos produtivos, etc.,
etc., etc....
SUGESTÃO: Mudar
a grade curricular das escolas, que passariam a ter as seguintes matérias:
Ø Educação
Física: Futebol;
Ø Música:
Sertaneja, Pagode, Axé; Funk
Ø História:
Grandes Personagens da Corrupção Brasileira; Biografia dos Heróis do Big
Brother; Evolução do Pensamento das "Celebridades"
Ø História
da Arte: De Carla Perez a Faustão;
Ø Matemática: Multiplicação
fraudulenta do dinheiro de campanha;
Ø Cálculo: Percentual
de Comissões e Propinas;
Ø Português
e Literatura: ?... Para quê ?...
Ø Biologia,
Física e Química: Excluídas por excesso de
complexidade.
Ø Filosofia
- vida de pensadores Cachoeira e Mensaleiros
Ø Sociologia
– Como se dá bem na vida em especial a Lei do
Gerson ( que me perdoe o canhotinha de
ouro)
Está bom assim? ... eu
quero mais!...
ESSE É O NOSSO
BRASIL ...
Vejam o absurdo dos
salários no Rio de Janeiro (o que não é diferente do resto do Brasil)
Ø BOPE -
R$ 2.260,00. para Arriscar a vida;
Ø
Bombeiro - R$ 960,00.para Salvar vidas;
Ø
Professor - R$ 728,00.para Preparar para a vida;
Ø
Médico - R$ 1.260,00.para Manter a vida;
E o Deputado Federal?R$
26.700,00 (fora as mordomias, gratificações, viagens internacionais, etc.,
etc., etc., para FERRAR com a vida de todo mundo, encher o bolso de dinheiro e
ainda gratificar os seus “bajuladores” apaniguados naquela manobrinha conhecida
do “por fora vazenildo”!).
IMPORTANTE:
Faça parte dessa
“corrente patriótica” um instrumento de conscientização e de sensibilização dos
nossos representantes eleitos para as Câmaras Municipais, Assembleias Estaduais
e Congresso Nacional e, principalmente, para despertar desse “sono egoísta” as
autoridades que governam este nosso maravilhoso país, pois eles estão inertes,
confortavelmente sentados em suas “fofas” poltronas, de seus luxuosos gabinetes
climatizados, nem aí para esse povo brasileiro. Acorda Brasília, acorda Brasil
!...
Demagogia na educação
Demagogia na educação
Sexta, 29 de Junho de 2012, 03h08
Às vésperas do início do recesso legislativo e já
com as atenções voltadas para a campanha eleitoral, a comissão especial da
Câmara dos Deputados encarregada de examinar o projeto do novo Plano Nacional
de Educação (PNE) aprovou em votação simbólica, e em clima de assembleia
estudantil, a emenda que obriga o poder público a destinar 10% do Produto
Interno Bruto (PIB) para a área de educação nos próximos dez anos.
Atualmente, o País gasta 5% do PIB com as redes
públicas de ensino básico, médio, técnico e superior - o que está na média dos
países desenvolvidos. Em 2003, o gasto era de 3,9% do PIB, tendo passado para
4,3%, em 2007; e para 4,7%, em 2009. Elaborado pelo governo Lula, o projeto do
PNE previa um gasto de 7% do PIB, até 2020. Mas, desde que o projeto chegou ao
Congresso, em 2010, movimentos sociais, ONGs e entidades de estudantes e de
professores pleiteavam 7,5% do PIB. Essas entidades tiveram o apoio de parlamentares
governistas, que - contrariando o Palácio do Planalto - apresentaram emendas
com o objetivo de destinar ao setor educacional metade dos royalties do
pré-sal.
Alegando que o Executivo ampliou as verbas para o
setor na última década e que os investimentos na exploração da camada do
pré-sal só terão retorno a longo prazo, o governo resistiu a essa
reivindicação. Mas, pressionado pelas corporações discentes e docentes, que
durante anos estiveram sob controle do PT, o Palácio do Planalto negociou um
aumento de 7% para 7,5% do PIB. A elevação de 0,5% do PIB no orçamento da
educação pública representa R$ 25 bilhões a mais em investimentos.
Além disso, no decorrer das negociações, o relator
do projeto do PNE, Ângelo Vanhoni (PT-PR), cedeu às pressões de colegas que
invocam a necessidade de financiar a implantação do regime de tempo integral na
rede pública de ensino fundamental e propôs o patamar de 8%. A proposta
contrariou a Casa Civil e o Ministério da Fazenda. Nas últimas semanas, os
movimentos sociais, ONGs e entidades de estudantes e docentes aumentaram as
pressões e, sob o pretexto de valorizar o magistério público e triplicar a
oferta de matrículas da educação profissional e técnica de nível médio, a
comissão especial aprovou uma emenda do deputado Paulo Santiago (PDT-PE),
fixando em 10% do PIB o gasto mínimo do poder público em educação. Os
parlamentares também fizeram outras mudanças no projeto do PNE, que tem
validade decenal. Eles anteciparam para o sexto ano de vigência do plano a meta
de igualar o rendimento médio dos professores da rede pública de ensino básico
com o dos docentes dos demais níveis de ensino. O projeto previa a equiparação
no décimo ano. E determinara a aprovação, em um ano, de uma lei de
responsabilidade educacional, para assegurar padrões de qualidade em cada
sistema de ensino.
O problema da educação brasileira, contudo, não é
de escassez de recursos. É, sim, de gestão perdulária - como foi evidenciado
pelo Reuni, o programa de expansão do ensino superior do governo Lula, que
custou R$ 4 bilhões. Sem uma avaliação cuidadosa do setor, foram criadas
escolas onde não havia demanda, admitidos alunos antes de existir instalações
adequadas, criados cursos noturnos nas universidades federais e contratados
mais docentes sem que houvesse candidatos preparados para as vagas abertas. Nas
discussões sobre o PNE, os deputados deixaram de lado este problema e outro tão
ou mais importante - a impossibilidade de o poder público continuar aumentando
seus gastos em ensino sem modificar os objetivos e as formas de atuação do
sistema de ensino.
Terminada a votação, o MEC divulgou nota afirmando
que, se for obrigado a gastar 10% do PIB em educação, o governo terá de tirar
R$ 85 bilhões dos outros Ministérios da área social.
O projeto foi aprovado na comissão em caráter
definitivo e só passa pelo plenário da Câmara se houver recurso. No Senado, o
Planalto espera que o projeto seja votado após as eleições, quando os senadores
poderão agir mais responsavelmente do que os deputados.
Como recolocar o País
nos trilhos?
29 de junho de 2012 | 3h 09
Diante da afirmação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon - confirmada
em alto e bom som na Rio+20 por vários chefes de Estado e de governo -, de que
"o atual sistema econômico no mundo está falido", que se pretende
fazer? E com que acordos, já que as transformações terão ou teriam de ser
planetárias e na conferência nem se conseguiu chegar a acordos setoriais sobre
águas oceânicas, biodiversidade, metas de desenvolvimento sustentável e combate
à pobreza?
Melhor, então, ficar com a nossa própria casa e ver por onde seria
possível avançar. Embora, no momento em que se apregoa que o País já tem um
modelo de desenvolvimento sustentável, se continuem praticando políticas que
incentivam o consumo, até com isenções de impostos em áreas problemáticas, e
apesar de o próprio representante do Instituto Ethos ter mencionado essa
insustentabilidade, na conferência do Rio de Janeiro (Valor, 15/6).
Pode-se começar pela questão do consumo. Anteontem, este jornal divulgou
a estimativa do WWF segundo a qual, se todas as pessoas no mundo tivessem o
mesmo padrão de consumo dos paulistanos, seriam necessários 2,5 planetas como a
Terra para provê-lo. Se o padrão fosse o da média dos paulistas, menor, ainda
assim seriam necessários 2 planetas. A chamada "pegada ecológica" dos
paulistanos (hectares necessários para atender ao consumo de uma pessoa) seria
de 4,38 hectares e a dos paulistas, de 3,52 hectares - quando a média
disponível no mundo é de 1,8 hectare por pessoa. Mas a pegada, aqui, varia por
extrato social: 1,8 hectare para quem recebe até dois salários mínimos; e 11,5
hectares, para acima de 25 salários mínimos.
Quando se vai para o Semiárido brasileiro, vê-se que nada menos do que
12 milhões de pessoas (60% do total) afetadas pela seca passam por fortes
dificuldades. Não são diferentes de 2,1 bilhões de pessoas que já vivem em
terras áridas no mundo - com a agravante de que a desertificação avança 12
milhões de hectares (120 mil quilômetros quadrados) a cada ano no planeta. Já
se decidiu que 40% de R$ 1,2 bilhão destinado ao plano estratégico de combate à
desertificação que o País começa a construir irá para o Semiárido. Mas será
suficiente, se os últimos diagnósticos do clima no País dizem que a região
poderá perder, em poucas décadas, pelo menos 20% das chuvas já escassas?
Mostrou-se, no Rio de Janeiro, que 85% dos estoques pesqueiros nos
oceanos estão esgotados ou diminuindo rapidamente. Por isso seria necessário
pôr fim aos subsídios ao setor pesqueiro, cerca de US$ 50 bilhões por ano, mas
os países donos das maiores frotas (Japão, Noruega, Estados Unidos, entre
outros) se opõem com vigor. E menos de 1% das águas oceânicas está protegido.
Também aqui, no Brasil, há subsídios e o respectivo ministério fala em
multiplicar por dez as capturas, ainda que os estudos científicos mostrem toda
a costa nacional, da Bahia ao Sul, com as principais espécies capturadas já a
caminho da extinção.
Na área da biodiversidade o panorama também é melancólico. No mundo, as
perdas ficam entre US$ 2 trilhões e US$ 4,5 trilhões por ano, como disse no Rio
o secretário da Convenção de Biodiversidade, Bráulio Dias. E há quase 20 mil
espécies com risco de extinção, segundo estudo da União Internacional para a
Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais. Seriam necessários US$ 18,8
bilhões anuais para enfrentar o problema, criar áreas de conservação. Mas só 5
dos 92 países que assinaram o respectivo protocolo em Nagoya (2010) o
ratificaram.
No Brasil, de acordo com o IBGE (Estado, 19/6), 38% da vegetação nativa
já desapareceu - 14% na Amazônia; 49,1% no Cerrado; quase 90% na Mata
Atlântica; 46% na Caatinga; 64% nos Pampas; e 15% no Pantanal. Na Amazônia,
apesar de ter havido redução, ainda perdemos mais 6,4 mil quilômetros quadrados
no último levantamento.
Apesar disso tudo, em matéria de "capital natural" o Brasil
ainda se situa em 5.º lugar entre os países estudados pela Universidade da ONU
e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Mas essa não é
a nossa prioridade, quando ainda parecemos imersos numa mistura de
desenvolvimento econômico a qualquer custo e política externa independente,
como se estivéssemos no fim do governo Kubitschek e início do governo Jânio
Quadros. O IBGE assegura que já estuda a implantação da contabilidade ambiental
nas contas nacionais, considerando os recursos hídricos, florestais e
energéticos - tal como fazem países como a Costa Rica, a Colômbia, Filipinas,
Botswana e Madagascar. Seria o discutido Produto Interno Bruto (PIB) Verde,
caminho pelo qual a Costa Rica, por exemplo, teria triplicado o seu PIB.
Mas é um caminho difícil, já que seria necessário calcular também as
perdas de capital. E já se mencionou aqui o levantamento da Universidade da
ONU, que, ao estudar o período 1990-2008, viu o aumento do PIB chinês (422% no
período) cair para apenas 37%. O próprio PIB brasileiro caiu para pouco mais de
um terço do registrado no período, pelo mesmo critério.
Há um impasse no mundo, diante do diagnóstico de que o consumo global
está 50% acima da disponibilidade e de que se configura uma crise de finitude
de recursos naturais. Sem caminhos planetários aceitos por todos os países para
enfrentá-la.
Mas isso não quer dizer que estejamos condenados à inação. Ao contrário,
países com capital natural abundante em tantas áreas, como o Brasil, certamente
têm uma vantagem comparativa que será extraordinária nos tempos que se
avizinham. Mas ela terá de ser acompanhada por estratégias de produção e
consumo compatíveis. Será essa a marca de uma política que se pretenda
sustentável no tempo e no espaço.
Que se fará, entretanto, nesta quadra de tantas mesquinharias políticas,
que ignora todas as grandes questões no mundo e no País? É este o desafio para
a sociedade: definir quem vai representá-la para colocar o País nos trilhos
adequados.
* JORNALISTA
E-MAIL:WLRNOVAES@UOL.COM.BR
E-MAIL:WLRNOVAES@UOL.COM.BR
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